quinta-feira, 17 de março de 2016

De bioestatísticos e epidemiologistas

Três bioestatísticos portugueses vão num comboio rumo a um congresso de epidemiologia, numa pequena cidade no Norte de Europa. Entram três epidemiologistas, também portugueses que se dirigem ao mesmo congresso e que coincidem com os bioestatísticos. Conversa para cá, conversa para lá, e um dos bioestatísticos pergunta aos epidemiologistas:
BE: Quantos bilhetes de comboio compraram?
Ao que um dos epidemiologistas responde:
EP: Três, compramos três bilhetes, claro!
BE: Nós só compramos um.
EP: E como vão passar pelo revisor?
BE: Temos um método.
A viagem continua em amena cavaqueira e quando os bioestatísticos vêm aproximar-se o revisor dos bilhetes levantam-se os três e vão fechar-se no WC. Quando o revisor chega ao WC, depois de fazer a sua ronda, bate à porta e exclama: “Bilhetes!”. E um bilhete aparece debaixo da porta para o revisor picar. Depois do revisor continuar os bioestatísticos saem do WC e voltam para os seus lugares para espanto dos epidemiologistas.

Findo o congresso, bioestatísticos e epidemiologistas combinam regressar todos juntos no mesmo comboio. Na viagem de regresso um bioestatístico pergunta aos epidemiologistas:
BE: Quantos bilhetes de comboio compraram?
EP: Um, compramos apenas um bilhete. Vamos usar o vosso método…
BE: Nós não compramos nenhum.
EP: E como vão passar pelo revisor?
BE: Temos um método.
A viagem continua e quando vêm aproximar-se o revisor, os epidemiologistas levantam-se para se fecharem num WC. Quando perguntam aos bioestatísticos porque não fazem o mesmo estes respondem: “temos um método”.
Depois dos epidemiologistas se fecharem no WC os bioestatísticos levantam-se batem à porta do WC e exclamam: “Bilhetes!”. Quando aparece o bilhete debaixo da porta os bioestatísticos agarram nele e vão fechar-se noutro WC.


Moral da história: não basta conhecer os métodos, é preciso saber como e quando devem ser aplicados.

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