"O termo estatística surge da expressão em latim statisticum collegium palestra sobre os assuntos do Estado, de onde surgiu a palavra em língua italiana statista, que significa "homem de estado", ou político, e a palavra alemã Statistik, designando a análise de dados sobre o Estado." - Wikipédia (Etimologia)
Quando analisamos dados públicos estamos necessariamente a fazer uma descrição do resultado de políticas públicas cujo sucesso é sempre passível de ser criticado. Se na nossa análise identificarmos quer erros graves, quer resultados meritórios haverá sempre alguém (mais ou menos indignado) a levantar a mão e a dizer: "Estão a falar de mim!".
Pergunto-me, se alguma vez escrever sobre um animal peludo, quadrúpede e de orelhas grandes, quem levantará a mão a dizer: "Estão a falar de mim!"?
quinta-feira, 31 de março de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
Autores de artigos científicos na área da saúde
Os critérios de autoria de publicações científicas da área da saúde são definidos pelo “International Commitee of Medical Journal Editors” (ICMJE). Estes critérios são também os seguidos nas Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa que os traduz da seguinte forma:
Autores são todos que:
1. Têm uma contribuição intelectual substancial, directa, no
desenho e elaboração do artigo
2. Participam na análise e interpretação dos dados
3. Participam na escrita do manuscrito, revendo os rascunhos;
ou na revisão crítica do conteúdo; ou na aprovação
da versão final
4. Concordam que são responsáveis pela exactidão e integridade
de todo o trabalho
As condições 1, 2, 3 e 4 têm de ser reunidas.
[...] Ser listado como autor, quando não cumpre os critérios
de elegibilidade, é considerado fraude.
São comuns os artigos que apresentam mais de uma dezena de autores e é licito perguntar-mo-nos se todos esses autores cumprem os pontos supracitados.
A ordem em que são listados os autores nestes artigos não é aleatória. Poderíamos dizer que em muitos destes casos: os seus primeiros autores transpiram; os últimos autores inspiram; e os do meio suspiram. Também é da praxe o último autor ser o patrão ou chefe dos restantes sendo que o seu nome aparece na lista de autores como que por "direito da pernada".
quinta-feira, 17 de março de 2016
De bioestatísticos e epidemiologistas
Três bioestatísticos portugueses
vão num comboio rumo a um congresso de epidemiologia, numa pequena cidade no
Norte de Europa. Entram três epidemiologistas, também portugueses que se
dirigem ao mesmo congresso e que coincidem com os bioestatísticos. Conversa
para cá, conversa para lá, e um dos bioestatísticos pergunta aos
epidemiologistas:
BE: Quantos bilhetes de comboio
compraram?
Ao que um dos epidemiologistas responde:
EP: Três, compramos três
bilhetes, claro!
BE: Nós só compramos um.
EP: E como vão passar pelo
revisor?
BE: Temos um método.
A viagem continua em amena
cavaqueira e quando os bioestatísticos vêm aproximar-se o revisor dos bilhetes
levantam-se os três e vão fechar-se no WC. Quando o revisor chega ao WC, depois
de fazer a sua ronda, bate à porta e exclama: “Bilhetes!”. E um bilhete aparece
debaixo da porta para o revisor picar. Depois do revisor continuar os
bioestatísticos saem do WC e voltam para os seus lugares para espanto dos
epidemiologistas.
Findo o congresso,
bioestatísticos e epidemiologistas combinam regressar todos juntos no mesmo
comboio. Na viagem de regresso um bioestatístico pergunta aos epidemiologistas:
BE: Quantos bilhetes de comboio
compraram?
EP: Um, compramos apenas um
bilhete. Vamos usar o vosso método…
BE: Nós não compramos nenhum.
EP: E como vão passar pelo
revisor?
BE: Temos um método.
A viagem continua e quando vêm
aproximar-se o revisor, os epidemiologistas levantam-se para se fecharem num
WC. Quando perguntam aos bioestatísticos porque não fazem o mesmo estes
respondem: “temos um método”.
Depois dos epidemiologistas se
fecharem no WC os bioestatísticos levantam-se batem à porta do WC e exclamam:
“Bilhetes!”. Quando aparece o bilhete debaixo da porta os bioestatísticos
agarram nele e vão fechar-se noutro WC.
Moral da história: não basta conhecer os métodos, é preciso saber
como e quando devem ser aplicados.
quarta-feira, 16 de março de 2016
Se não sabe nadar...
Se não sabe nadar... provavelmente não é um peixe!
vídeo extraído de uma aula do Prof. Stanley Lemeshow:
vídeo extraído de uma aula do Prof. Stanley Lemeshow:
terça-feira, 15 de março de 2016
segunda-feira, 14 de março de 2016
Viés de selecção
Em Estatística procuramos tirar conclusões gerais a partir
de pequenas amostras de dados reais. Por esta razão a selecção amostral é possivelmente
a fase mais importante e crítica de qualquer estudo.
- Viés de selecção: Ocorre quando o problema do estudo é
causado por factores envolvidos na selecção dos participantes ou por factores que
podem influenciar na participação dos seleccionados.
Consequências de uma má amostragem:
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